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domingo, 6 de abril de 2008

FAZENDA MURIQUI + Segura

Eu não faço parte da elite fazendeira, eu pertenço ao povo praiano. Foi com essas palavras que terminei minha participação na segunda reunião da natimorta campanha “Muriqui + segura”, realizada no Iate Clube de Muriqui.
De início, confiei no objetivo ético da campanha e acreditei que os representantes da comunidade ali reunidos com autoridades civis e policiais estavam, de fato, preocupados com a segurança de todos – comerciantes, quiosqueiros, moradores e veranistas - que estavam, e ainda estão, sendo vítimas de assaltos, arrombamentos de quiosques e residências e, até, de sequestro.
Mas, não! O objetivo era outro. Era apenas fechar uma das entradas de Muriqui, uma via pública – extensão da RJ-14 - que passa pela Fazenda Muriqui. Por quê? Para transformar um simples loteamento em condomínio fechado. E assim obter maior segurança para os moradores da Fazenda Muriqui, o resto da comunidade que se virasse.
Ainda vejo, em alguns poucos carros, o adesivo “Muriqui + Segura”. Como se isso bastasse. Como se um abaixo-assinado bastasse.
Não! É imprescindível a vontade política, a responsabilidade de desenvolver ações preventivas. É preciso acordar para a realidade. É imprescindível que sociedade e autoridades não se omitam, pois, segurança é responsabilidade de todos, em geral, e de cada um, em particular.
Para não se chegar ao descalabro absoluto, é essencial que as autoridades assumam o controle do Município em todas as suas responsabilidades, nelas incluída a segurança de seus cidadãos. Parodiando Clemenceau: segurança é assunto grave demais para ser confiada apenas aos policiais.
Para não se chegar ao descontrole total em nosso permanente e abjeto baile de máscaras, é necessário que a sociedade assuma a responsabilidade pelos atos de seus filhos e netos, impondo-lhes limites e respeito à lei e à propriedade alheia.
Na lingua Tupi, Muriqui significa gente tranquila. Não é fechando uma das entradas que vamos fazer jus ao nome da comunidade.

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