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segunda-feira, 13 de julho de 2009

FUTEBOL NA TV

Eu amo o futebol e pago R$ 59,90 mensais para ver o campeonato brasileiro pelas transmissões da SKY. Isso significa que não sou simpatizante da GATONET que custa muito menos para se ver tudo que é transmitido, inclusive os canais pornográficos, mas é roubo.
Há coisas que me irritam nessas transmissões. De uma delas, eu me livrei hoje e digo seu nome com todas as letras: Carlos Alberto Parreira, o incompetente. Só espero que ele não seja substituído por algo tão irritante e tão incompetente como Renato gaúcho.
Muitas outras coisas me irritam. Por exemplo, ver a absurda numeração das camisas dos jogadores. Até bem pouco tempo, eram numeradas de 1 a 11. Simples, simples assim. E os “regra três” eram numerados de 12 a 16. Podíamos até fazer um bolo para ver quem acertaria o autor do primeiro gol. Bastava sortear os números 7 a 11. Atualmente, isso é impossível.
Não sabemos nunca qual será a numeração dos onze atletas. Eles entram em campo com as camisas 27, 33, 34, 46, 68, 74, 99. Por quê? Você sabe? Qual a razão para isso? Não existe a mínima racionalidade nisto.
Há coisas ainda mais irritantes. Como as entrevistas com jogadores ofegantes e apressados que nunca têm nada de útil ou de interessante a dizer. Sempre coçando a orelha, dizem apenas que vão trabalhar para consertar os erros cometidos, como se isso fosse possível. Ou coçando o nariz, agradecem a Deus pelo resultado, como se Deus torcesse pelo time deles. E as inúteis entrevistas coletivas? Felizmente, contra isso, eu tenho uma arma: o controle remoto.
Como é irritante a torcida organizada entoando um cântico incompreensível com uma melodia sofrível e idêntica a da torcida adversária. Claro que não irrita tanto quanto as cornetas africanas, mas que irrita, irrita. Também, não é tão irritante quanto o Galvão Bueno.
Mas, as perguntas dos internautas... Que coisa mais imbecil e dispensável.
E as palhaçadas feitas para festejar um gol... Por que não festejam com a dignidade com que Pelé, Zico, Reinaldo, festejavam? Ou com a dignidade do Ronaldo sorrindo e abrindo os braços para a torcida.
A criançada entrando em campo de mãos dadas com os atletas, para quê? É mais inútil que o hino nacional antes de todos os jogos em São Paulo. Estão banalizando um símbolo nacional que, de tão executado, já não transmite a mínima emoção a ninguém.
Entretanto, não há nada mais irritante que os abalizados comentaristas esportivos. Sabem tudo de futebol. Conhecem todos os esquemas táticos numéricos: 4-4-2, 3-4-2-1, 3-5-2, 4-3-1-2, 4-5-1. Por que não vão treinar um time da terceira divisão? Eles fingem identificar o esquema durante o jogo no qual todos os atletas correm atrás da bola em menos de um terço do espaço do campo. Acreditam que o time em campo é o mesmo time teórico que viram no papel, como se a partida fosse de futebol totó. Complicam o que é tão simples e não conseguem reconhecer jamais que o que define o esquema tático é a linha da bola.
Esses idiotas do subjetivismo inventaram o elemento surpresa. Surpresa para quem se o elemento está em campo desde o início do jogo com o mesmo uniforme do adversário? Elemento surpresa é o juiz chutar em gol, é o bandeirinha evitar que a bola saia de campo e dar um passe de curva para um atacante.
Lembro da copa de 70 quando eles inventaram o craque que jogava sem a bola. Pô! Sem a bola até eu. Tostão atuava mal e disseram que ele jogava sem a bola. Aquilo foi uma ofensa para o craque que abalou a Inglaterra, driblou toda a defesa inglesa, mais a rainha, o primeiro-ministro, e deu o passe açucarado para Jairzinho fazer o gol da vitória.
Essa irritação me fez escrever para a SKY dizendo que pagava para ver o futebol e tinha o direito de exigir que a participação dos pretensiosos comentaristas esportivos fosse a mínima possível. E que eles se abstivessem de comentar os esquemas táticos numéricos.
Parece que me atenderam. Nas últimas transmissões ninguém mais tem falado em tática.

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