TIRO CERTEIRO

O major João Jacques Busnello (foto), atirador de elite da Polícia Militar, participou do resgate dos reféns do ônibus 174 em que morreu uma jovem e inocente professorinha. O bandido que a sequestrou também morreu, mas somente depois que ele se entregou após horas de negociações.
Acompanhei o caso pela televisão e vi quantas vezes o bandido deu inúmeras chances para levar um tiro mortal como o que terminou, ontem, com o sequestro da dona da farmácia de Vila Isabel.
O campeão de tiro ao boné de bandido sequestrador estava lá, pronto para acabar com a farra no ônibus 174. Mas, não recebeu a ordem para atirar no sequestrador. O governo daquela época deve ter se preocupado com a repercussão que teria o fuzilamento de um bandido.

E a professora morreu. A polícia foi vaiada.
Dessa vez, porém, o coronel Fernando Príncipe, depois de horas no comando da negociação com o facínora, deu a ordem para matá-lo. Naturalmente, com o apoio do Secretário de Segurança e do Governador que não gostam de dar boa vida a bandido.
Nenhum inocente morreu e a polícia foi ovacionada pelos populares que aguardavam o desfecho do sequestro.
Hoje, O Dia-Online fez uma enquete: "A Polícia Militar agiu corretamente ao atirar em ladrão que manteve refém sob mira de granada?"

Até a hora em que escrevo, 7.755 leitores participaram da enquete. Sim, responderam 7.483 votantes (96,5%) e apenas 272 (3,5%) disseram que não. Esses devem ser aqueles preocupados com os direitos humanos dos bandidos.
Só espero que essa atitude da PMERJ sirva como modelo para os próximos eventos similares.