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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

REBELDES SEM CAUSA

A humanidade sempre me decepcionou. Desde que eu soube o que ela respondeu a Pilatos quando este perguntou a quem deveria condenar à morte ou deveria poupar.
Já naquela época de tanta religiosidade quanto agora, a humanidade canalha liberou o ladrão e condenou Jesus. Por quê? Sei lá.
Ontem, assisti a entrevistas durante as manifestações de rua, no Rio e São Paulo. Todos condenavam a Dilma. Alguns pediam a sua morte. Por quê? Não sabiam. Demonstravam apenas estarem manipulados pela mídia. Todos bem de vida, isto é, muito melhor de vida do que antes: rebeldes sem causa.
A mídia induz o público a odiar o PT e o faz acreditar que Lula está milionário e por trás de toda a corrupção que foi instituída a partir de seu governo.
Não há repelente contra esse ódio que, tal como o zica, produz a microcefalia. Porém, depois de adulto.
É como disse o infeliz do Faustão, em seu programa no domingo, que não aprendeu a lição com a Marieta Severo: “Porque esse país não pode ficar do jeito que está. O país da corrupção, o país que não tem nada de educação, não tem nada de infra-estrutura, não tem assistência médica, tem uma violência absurda. Não pode ficar o país ao Deus dará, nessa bagunça que está”. Passou vergonha também com Alexandre Nero.
Meu Deus! Que horror viver neste país, heim!
Como se antes fosse tudo maravilhoso. Como se antes não houvesse fome, desemprego, nem corrupção. E citam aquela frase de Ruy Barbosa proferida há quase cem anos sobre a vergonha de ser honesto.
Fora das entrevistas estúpidas que geralmente pedem intervenção militar, encontramos aqueles entrevistados vociferando nos comentários dos blogs e nas redes sociais. Aí, os encontramos vomitando ódio e imbecilidades, xingamentos e preconceitos, afirmando a vergonha de ser brasileiro. Sempre com sua descomunal e inexcedível estupidez, em delírio deplorável como vira-latinhas oprimidos abanando o rabo para o opressor. Repetindo o que diz a Veja, sem argumentos convincentes.
É isto o que faz a mídia com o público desprevenido. Faz alguém apoiar e  festejar uma tentativa de golpe armado por Eduardo Cunha, Paulinho da Força, Gilmar Mendes, FHC, Aécio, Michel Temer, Bolsonaro, Feliciano, Malafaia, e outros menos votados.
Diante de um time de safados como este, eu só quero distância. 

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