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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

SOU MAIS PORTELA

Uma Portela diferente, arrojada, criativa, empolgante, surpreendente, foi o que eu vi. Paulo Barros se deu melhor em Madureira do que em Padre Miguel.
Atualmente, é quase impossível dizer qual Escola será campeã como eu fazia antes; mas, posso afirmar que a Portela estará no desfile das campeãs no sábado, junto com a Mocidade.
Entretanto, se ela for campeã não será surpresa pra mim, mesmo com aquele pequeno plágio no seu bonito samba. Na verdade, não posso afirmar que foi um plágio, mais parece uma coincidência musical.
A melodia da parte da letra que diz "nessa viagem, mais uma estrela que vai brilhar no pavilhão de Madureira" é idêntica à melodia de um samba de quadra da Império Serrano de 1952 cuja letra dizia "essa Escola é um misrio, não digo o nome eu também sou daquele Império".
Em 1948, a seqüência de vitórias da Portela foi interrompida por uma nova força que surgiu no mundo do samba: a Império Serrano; fato que marcou uma época de clima nada amistoso entre as duas escolas de Madureira, propiciando uma antes impossível aproximação entre Portela e Mangueira.
As duas principais forças do carnaval passaram a desfilar em uma liga distinta, enquanto a Império Serrano se manteve fiel a  antiga Federação Brasileira das Escolas de Samba.
A Portela venceria o desfile de 1951, e a Império Serrano os anos de 49, 50 e 51.
A paz, marcada para 1952, foi atrapalhada por um forte temporal que resultou numa ação da Império Serrano para a anulação do desfile.
Foi quando a ala de compositores da Império Serrano lançou o samba agora "plagiado":
"Não foi Mangueira quem anulou,
Não foi Portela,
Também não foi, não senhor...
Essa Escola é um misrio,
Não digo o nome
Eu também sou daquele Império".

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