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domingo, 15 de janeiro de 2017

OXÍMORO

A palavra tem origem em dois termos gregos: oxus (esperto) e moros (estúpido).
Consiste na associação de dois termos contraditórios, duas imagens que na realidade se repelem, que aproximam dois sentidos totalmente incompatíveis. Uma figura de linguagem que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando assim um terceiro conceito que dependerá da interpretação do leitor.  
Um instante eterno
Silêncio eloqüente
Cópia original
Tumulto organizado
Ilustre desconhecido
Boato fidedigno
Crescimento negativo
Grito do silêncio
É ruim, mas é bom
Divórcio amigável
Sexo seguro
Silêncio ensurdecedor
Mentira sincera
Humildade portenha
Melodia funkeira
Espontaneidade calculada
Televisão educativa
Hércules Quasímodo 
(Este acima é do corno Euclides da Cunha descrevendo o nordestino em Os Sertões)
Não posso esquecer do belo soneto que Camões escreveu pleno de oxímoros:
Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que doi e não se sente...
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer...
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente...
É cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade, 
É servir a quem vence: o vencedor,
É ter com quem nos mata, lealdade...
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade?
Agora, o melhor de todos os oxímoros: INTELIGÊNCIA MILITAR (OU POLICIAL).

Um comentário:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

No fundo, vejo todos os seres humanos como oxímoros, o que expressa um dos aspectos de nossa ambiguidade.